quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

A Graça Converte e Transforma Pecadores


A Graça Converte e Transforma Pecadores

Vs. 12-17 – Em contraste com a lei que condena pecadores, a graça converte pecadores! Paulo chama atenção para sua própria conversão como um exemplo extraordinário do poder da graça. Ela o converteu; isso é algo que a lei não podia fazer. Os preceitos da lei são inflexíveis e só podem condenar uma pessoa à morte quando seus preceitos não são cumpridos. Mas a grandeza do “evangelho da glória” fez com que Paulo (então Saulo de Tarso) visse a si mesmo de uma perspectiva que ele nunca tinha visto antes – como um pecador que tinha ficado aquém dessa grande glória (At 9:3-6). Até esse dia, ele realmente pensava que tinha guardado a lei (At 23:1), mas quando a glória de Deus brilhou em sua alma, ele fez duas grandes descobertas: primeiro, que ele era um “blasfemo, e perseguidor, e injurioso [um homem prepotente e insolente]”. (Ser um “blasfemo” significa que ele quebrou a primeira tábua da lei; ser um “perseguidor e injurioso” significa que ele também quebrou a segunda tábua – Tg 2:10). A segunda grande descoberta que ele fez foi que Cristo é o Salvador dos pecadores.
O evangelho o iluminou; lhe permitiu ver a si mesmo como um pecador e ver a Cristo como o Salvador. O evangelho fez com que Paulo visse a si mesmo como Deus o via, e isso o fez se voltar àqu’Ele a Quem ele tinha rejeitado, confessando-O como “Senhor” (At 9:5). Agora havia duas coisas divinas que operaram em sua alma: “misericórdia” (v. 13) e “graça” (v. 14); essas são duas coisas que a lei não pode oferecer às pessoas que compreenderam que pecaram contra Deus. Veja Hebreus 10:28.
V. 15 – A conclusão da questão é que a “palavra fiel” que engrandece a misericórdia e a graça de Deus no evangelho é “digna de toda a aceitação”. Ou seja, é digna de ser aceita por todos os homens. Se Deus pode salvar “o principal dos pecadores” por meio de Sua misericórdia e graça, Ele pode salvar qualquer um que aceite a mensagem do evangelho pela fé!
V. 16 – Paulo menciona um outro motivo pelo qual ele “alcançou misericórdia” – sua conversão devia ser um modelo (“padrão”) para “os que haviam de crer nele para a vida eterna”. A misericórdia e graça de Deus não apenas salvaram Saulo de Tarso do inferno, mas o transformaram em um Cristão modelo! Pelo poder de Deus, o principal dos pecadores se tornou o principal dos santos. Isso foi conseguido pela graça – não pela lei. A boa notícia é que essa mesma graça pode transformar todos os que creem no glorioso evangelho. Já que a vida Cristã de Paulo é um padrão para nós, não é errado buscar pela graça imitar sua vida de fé e devoção, sacrifício próprio, etc. (Ef 5:1; Fp 3:17).
V. 17 – Paulo relembra a misericórdia e graça sublimes de Deus para com ele, dando início a uma doxologia[1] de louvor “Ao Rei dos séculos, o incorruptível, invisível e único Deus” (JND). Deus é o Rei dos séculos: Ele é “incorruptível” quanto a Sua natureza divina e “invisível” quanto aos Seus caminhos insondáveis. Se Timóteo tivesse essa Pessoa excelente diante de si, não lhe faltaria devoção ou energia ao executar a encargo apostólico de Paulo.
Assim, esse desvio do assunto principal entre parênteses nos ensinam que a condição necessária nos santos, para que andem de acordo com a devida ordem na casa de Deus, não pode ser alcançada pela guarda da lei, mas por um sentimento de graça trabalhando no coração.

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[1] N.do T.: Doxologia provém do latim doxologia, que por sua vez vem do termo grego doxa, que significa “opinião” ou “glória”, com o sufixo -logia, que se refere à expressão oral ou escrita. Portanto, “doxologia” é uma expressão oral ou escrita de louvor e glorificação.


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