quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Oração por Aqueles de Fora da Casa


Oração por Aqueles de Fora da Casa

Vs. 3-7 – A casa de Deus não deveria ser apenas um lugar onde orações sobem a Deus em favor de todos na casa, mas também deveria ser um lugar no qual um testemunho de Sua graça fluísse em direção a todos os homens. Por isso, orações devem ser feitas pelo avanço do testemunho do evangelho aos que estão fora da casa; tais orações são algo “bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador” (ARA).
V. 4 – A disposição de Deus para com os homens deve ser conhecida por meio de Sua casa. Seu desejo é duplo – “que todos os homens sejam salvos” (ARA) e que todos os que são salvos “venham ao conhecimento da verdade” (Jo 3:17; 2 Pe 3:9; Ez 33:11, etc.). Essas duas coisas devem ser conhecidas pelo que os homens veem nos Cristãos, e pelo que os homens ouvem dos Cristãos. Isso significa que todos nós devemos estar envolvidos no avanço do testemunho do evangelho de uma forma ou de outra. Ao acrescentar, “e venham ao conhecimento da verdade” aprendemos que Deus quer que sejamos inteligentes depositários da verdade, para que possamos ser usados na disseminação dela.
Vs. 5-6 – O testemunho a ser dado é que “Deus é um, e o Mediador de Deus e dos homens um, o Homem Cristo Jesus” (JND). O coração dos homens sempre ansiou por um mediador ou um intermediário (Jó 9:32-33); o testemunho do evangelho é que Deus providenciou tal Mediador em Seu próprio Filho. Para que alguém seja um mediador aceitável entre Deus e o homem, ele deve ser tanto Deus quanto Homem, ou seja, Cristo. Ser o Mediador nomeado por Deus chama atenção para o fato da deidade e da humanidade de Cristo. O fato de que há “um só” mediador indica que os homens não são capazes de irem a Deus para salvação de qualquer outra maneira que não seja por meio d’Ele. Alguns nos dirão que devemos ir por meio de Maria, ou pelos assim chamados santos venerados de antigamente, ou pelo clero, mas o evangelho declara que os homens devem ir a Deus por meio de Cristo, e por Ele somente (Hb 7:25).
O evangelho afirma que há “um só Deus”. Esta é a essência da mensagem do Velho Testamento quanto à Pessoa de Deus (Dt 6:4). O Cristianismo não nega esta verdade, mas acrescenta que, desde que a redenção foi realizada, existe agora “um Mediador” (Hb 8:6). Como notado no capítulo 1:1, o uso do termo “Cristo Jesus” indica que o Mediador é um Homem glorificado à destra de Deus, que realizou a redenção. Não é o Cristo que veio à Terra como um Homem que é o Mediador. Sua vida, perfeita como foi, não podia levar o homem a Deus. É a Sua morte, ressurreição, e ascensão à glória que leva os crentes em favor e bênção diante de Deus (Rm 4:25-5:1). Essa é a verdade que deve ser anunciada no evangelho.
“O Qual Se deu a Si mesmo” indica o sacrifício voluntário de Cristo (Jo 10:17). Isto é mencionado pelo menos seis vezes nas Escrituras (Mt 20:28; Gl 2:20; Ef 5:2, 25; 1 Tm 2:6; Tt 2:14). Sua obra consumada na cruz foi “um resgate por todos” (ARA). Isso indica que um preço foi pago para fazer propiciação “pelo mundo todo” (1 Jo 2:2, 4:10; Rm 3:25; Hb 2:17). Esse aspecto da obra de Cristo na cruz tornou a salvação acessível ao mundo todo; isso não significa que o mundo todo está (ou será) salvo. Propiciação é o lado de Deus da obra de Cristo, que satisfez as reivindicações da justiça divina em relação a toda contaminação do pecado na criação. O resultado de a propiciação ter sido realizada é que agora Deus pode chamar o mundo todo para vir a Cristo, o Mediador, para ser salvo.
A morte de Cristo na cruz sendo “um resgate por muitos, uma expressão encontrada em Mateus 20:28, enfatiza a substituição. Este é o outro lado da obra de Cristo na expiação. Propiciação é o que é anunciado aos perdidos no evangelho; substituição é aquilo que deve ser ensinado aos crentes, onde eles aprendem que Cristo tomou o lugar deles em julgamento (1 Pe 3:18 – “o justo pelos injustos”). Isso produz devoção de coração a Cristo. Assim, propiciação é “para todos”, mas substituição é “para muitos” (Is 53:12; Mt 20:28; Rm 5:19; Hb 9:28), porque nem todos crerão (2 Ts 3:2). Substituição não é o assunto aqui; Paulo se concentra no testemunho do evangelho a todos os homens.
Esses fatos do evangelho são um “testemunho que se deve dar em seus tempos” (TB) – no Dia da Graça. Deve ser notado aqui que não há menção desse testemunho do evangelho sendo conduzido por um comitê missionário de evangelistas ou por qualquer outra organização criada pelo homem. Nós mencionamos isso porque muitos Cristãos têm a impressão de que a forma como devem cumprir esse chamado é se juntando a alguma organização evangelística que os equipará e os enviará ao campo missionário. E, aqueles que não se sentem “chamados” para essa obra, não precisam se preocupar com evangelismo. No entanto, “testemunho que se deve dar em seus tempos” deve ser o interesse comum de todos aqueles que compõem a casa de Deus; todos devem estar interessados e envolvidos – de uma forma ou de outra – em promover esse testemunho.
V. 7 – Paulo fala de si mesmo como sendo um vaso especial para esta obra, nomeado por Deus como “um pregador”, “um apóstolo” e “um mestre” para levar a mensagem ao mundo dos gentios.

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