Oração por Aqueles na Casa
Vs. 1-2 – Em primeiro lugar, orações devem ser feitas “em
favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham
investidos de autoridade” (ARA) para que eles permitam que aqueles na casa
de Deus vivam uma vida “quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade”
nesse mundo. “Piedade” é em relação a Deus e “honestidade” é em
relação aos nossos semelhantes. Essa foi uma verdadeira preocupação para os
crentes na época em que Paulo escreveu isso, porque muitos dos imperadores
Romanos foram terrivelmente hostis para com o Cristianismo e isso resultou em
muitas perseguições contra os Cristãos.
Alguns ensinam que esses versos estão dizendo que nós
deveríamos orar para que Deus ajudasse os políticos e os governantes do mundo
com suas responsabilidades diárias em seus cargos governamentais. No entanto,
este versículo não está falando disso. Tais ideias levaram Cristãos a pensarem
equivocadamente que eles deveriam tentar ajudar aqueles que estão no governo,
porque Deus nos disse para orar nesse sentido. Isso resultou em Cristãos se
envolvendo em causas e assuntos políticos. Oração aqui tem a ver com Deus
anulando providencialmente os líderes no governo a fim de que os Cristãos
tenham permissão para viverem da forma como Deus gostaria sem ser incomodados,
e assim, agirem como Seus vasos de testemunho nesse mundo.
Orar para que sejamos capazes de viver “uma vida
quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade” indica que a vida Cristã
não deve ser caracterizada por ocupar posições de grande destaque neste mundo
(Jr 45:5). Nem deveríamos reivindicar nossos direitos como se fôssemos cidadãos
desse mundo. Nossa “comunidade tem sua existência nos céus” (Fp 3:20 –
JND) e não devemos nos envolver em discussões mundanas e lutas políticas na Terra.
Como peregrinos, nós estamos de passagem por este mundo; nós estamos “nele”,
mas não somos “dele” (1 Pe 2:11; Jo 17:15-16). Deixamos essas questões
para o homem do mundo: devemos “deixar o caco se esforçar
com os cacos da Terra” (Is 45:9 – JND).
Convém salientar que Paulo não menciona orações
imprecatórias sendo invocadas contra os governantes que perseguem Cristãos,
embora eles estivessem passando por isso naquela época. Ser vingativo de alguma
forma daria um testemunho inapropriado do verdadeiro caráter de Deus perante o
mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário