A Saudação
Vs. 1-2 – Paulo
escreve a Timóteo como um “apóstolo”. Ele menciona seu apostolado pois
estava prestes a atribuir a Timóteo um encargo apostólico. Ele se refere a si
mesmo como um apóstolo de “Cristo Jesus” (ARA). Em cada uma de suas
epístolas (exceto Tito), quando se refere a seu apostolado, Paulo fala de tê-lo
recebido de “Cristo Jesus” (A KJV não faz essa distinção, mas as
traduções mais críticas e interlineares fazem). Quando o título do Senhor (“Cristo”)
é colocado antes do nome de Sua Humanidade (“Jesus”), significa Cristo
como tendo concluído a redenção e voltado para o céu como um Homem glorificado.
Assim, Ele levou Sua Humanidade para o céu em glória. Foi de Cristo no céu,
como um Homem glorificado, que Paulo recebeu seu apostolado (1 Co 9:1-2). Pedro,
por outro lado, chama a si mesmo de um apóstolo de “Jesus Cristo”. Quando
o nome da Humanidade do Senhor “Jesus” é colocado antes de seu título
como “Cristo”, significa aquele que veio do céu para cumprir a vontade
de Deus ao morrer na cruz. É significativo que Pedro chamasse a si mesmo desse
modo porque foi aqui na Terra onde Pedro recebeu seu apostolado (Lc 6:13-16).
O apostolado
de Paulo foi pelo mandato de “Deus nosso Salvador”. Paulo menciona isso
pois é o caráter particular de Deus em graça para com todos os homens que ele
irá enfatizar ao longo de toda a epístola. “Cristo Jesus” é apresentado
como “nossa esperança”. Não é exatamente o evento de Sua vinda que é
nossa esperança aqui, mas Ele Próprio que é o centro do propósito e conselho de
Deus. Portanto, o evangelho não é apenas algo que nos livra da justa pena de
nossos pecados; é também o que nos deixa em conformidade com todo o sistema de
glória onde Cristo é o Objeto e nossa Esperança.
É dito que Timóteo era como um “verdadeiro filho na
fé” de Paulo, significando evidentemente que ele foi salvo por meio da obra
de Paulo, apesar de isso não ser mencionado no relato dado no livro de Atos. Três
coisas são mencionadas na saudação como sendo da parte de “Deus nosso Pai, e
da de Cristo Jesus, nosso Senhor” – “graça, misericórdia e paz”. Essas
três coisas eram o suprimento com que Timóteo podia contar ao realizar seu encargo
especial recebido do apóstolo. Haveria “graça” para atender cada
situação, “misericórdia” com relação ao fracasso no caminho e “paz”
para as várias situações de provação que ele encontrasse.
Tem sido frequentemente notado que quando o apóstolo
se dirige às assembleias, ele menciona graça e paz, mas não misericórdia. Como
foi dito, há misericórdia disponível para indivíduos falhos que estão
arrependidos. Embora a Igreja permaneça como um testemunho corporativo
responsável neste mundo, se ela falhar, como aconteceu com o testemunho Cristão,
não há misericórdia concedida no sentido de ser restaurada – apenas julgamento.
Portanto, não haverá nenhuma restauração do testemunho público do Cristianismo.
Ele vai acabar seu percurso nesse mundo sendo rejeitado pelo Senhor e vomitado
de Sua boca (Rm 11:13-27; Ap 3:15).
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