quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

UM PARÊNTESE - A Maneira Correta e a Errada de Alcançar a Conduta Moral Adequada à Casa de Deus


UM PARÊNTESE
A Maneira Correta e a Errada de Alcançar a Conduta Moral Adequada à Casa de Deus

Vs. 6-17 – Paulo para de falar de seu encargo a Timóteo para mostrar, em um parêntese, que há uma maneira correta e uma maneira errada de produzir a conduta moral correta nos santos. Nestes versos, ele contrasta a lei e a graça, e mostra que a graça é a única maneira de produzir as condições morais desejadas mencionadas no verso 5.
Esse desvio do assunto principal foi necessário pois havia muitos que tinham a ideia equivocada de que adotando os princípios da lei em suas vidas alcançariam o fim desejado de santidade prática e maior espiritualidade. Paulo mostra que tal noção é um uso errado da lei, e o legalismo não causaria nenhum efeito verdadeiro e duradouro nos santos. Em seguida, ele chama atenção para sua própria vida para mostrar o que a graça pode fazer; ela transformou o caso mais improvável da história. A graça transformou o principal dos pecadores em um Cristão exemplar cuja vida se tornou um padrão para todos aqueles que viriam a crer posteriormente.
Vs. 6-7 – Paulo diz que havia “alguns” que careciam (“tinham perdido”) as qualidades morais declaradas no verso 5 e “se desviaram” das doutrinas da graça que promovem a dispensação de Deus. Esses homens estavam insistindo em uma série de coisas que Paulo chama de “vãs contendas”. Esses indivíduos eram de origem judaica (mestres judaizantes) e foram a ruína do testemunho Cristão na Igreja primitiva; muitas epístolas alertam contra esse erro de misturar lei com graça. Triste dizer, mas, princípios judaicos ainda estão muito enraizados em muitos círculos Cristãos atualmente.
Esses mestres judaizantes pensavam ser “mestres da lei”, mas eles não “entendiam” o que estavam ensinando. Eles estavam afirmando “ousadamente” (ARA) que os Cristãos precisavam guardar a lei. Esses homens estavam ensinando a partir da lei de Moisés do Velho Testamento, mas eles a estavam aplicando de forma totalmente errada. Isso mostra que é possível usar palavras e frases das Escrituras no ensino bíblico, mas não conhecer o correto significado e aplicação delas. Sejamos cuidadosos, portanto, como alguém que “maneja bem [cortando numa linha reta – JND] a palavra da verdade” quando estivermos expondo as Escrituras (2 Tm 2:15).
V. 8 – Paulo continua mostrando que “a lei é boa” se for devidamente utilizada. Ele classificou corretamente o produto da imaginação humana como meras fabulas (v. 4), mas ele não podia dizer isso com respeito à lei. Era a lei de Deus e era algo “santo, justo e bom” (Rm 7:12). Ela pode ser usada pelo Cristão para condenar o mal e mostrar que o julgamento de Deus é contra aqueles que praticaram o mal. Assim, ela é uma ferramenta útil para mostrar a uma pessoa que ela é pecadora. Mas, Paulo diz, “a lei não é feita para o justo [não tem aplicação sobre o justo – JND] – isto é, uma pessoa a quem Deus declarou justa por meio de sua fé no evangelho (Rm 3:22; 4:5). Nas Escrituras, um Cristão é visto como tendo morrido para a lei (Rm 7:4-6). Visto que a lei não tem nada a dizer a um homem morto, ela não tem nenhum direito sobre nenhum dos crentes (Rm 6:14). Os mestres legalistas em Éfeso claramente não sabiam disso e estavam tentando impor as obrigações da lei aos Cristãos, e assim, estavam fazendo da lei mosaica a regra ou padrão para a vida Cristã. Mas a lei não é o padrão Cristão – Cristo é o padrão. A regra para a vida Cristã é a vida de Cristo, que é mais alta no seu caráter moral do que os mandamentos da lei de Moisés. Ao cumprir “a lei de Cristo” que é imitá-Lo em nosso andar e maneiras (Gl 6:2), nós vamos muito além das “exigências justas da lei” (Rm 8:4 – TB; Rm 14:8-10).
Enquanto que “a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente (adequadamente), ela também pode ser usada indevidamente; e se for usada erroneamente, ela resultará em prejuízo entre os santos – como mostra a epístola de Paulo aos Gálatas. A lei não foi feita para dar santidade a alguém; ela exigia isso da pessoa, mas não tinha o poder para produzir isso na pessoa. Insistir no princípio da guarda da lei para a vida Cristã é entender mal o verdadeiro significado e utilização correta da lei.

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