sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Supervisores (Anciãos)


Supervisores (Anciãos)

Cap. 5:17-19 – Paulo prossegue para falar sobre como os “anciãos” devem ser tratados. Isso se refere àqueles no ofício de ancião/supervisor/guia na assembleia; não são simplesmente aqueles irmãos mais velhos, como no verso 1. Esses supervisores cuidam do rebanho numa esfera local e devem ser respeitados.
Logo vemos que Paulo não vê todos os supervisores/anciãos como tendo a mesma distinção de honra. Ele diz: “Os anciãos que governam bem [lideram bem entre os santos – JND] sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que trabalham na palavra e na doutrina [em palavra e em ensino – JND]”. Baseado nisso alguém pode concluir que se um supervisor/ancião não governa “bem” não devemos honrá-lo ou nos submetermos a ele. Mas, ao especificar que alguns que deviam receber “duplicada honra” Paulo mostra que honra deve ser mostrada a todos os supervisores/anciãos que estão nesse lugar de responsabilidade. Honra deve ser dada a eles por causa do que é devido ao ofício que eles ocupam na casa de Deus, e uma honra adicional deve ser dada àqueles que fazem isso “bem”. Em seguida, Paulo mostra que há alguns anciãos que devem ser honrados até mesmo além disso – aqueles que governam bem, e que também “trabalham em palavra e ensino”. Isso é mostrado quando Paulo diz, “Especialmente .... O Sr. Kelly aponta essas três distinções, afirmando que deve haver “honra em seu ofício, honra por ter cumprido o papel de maneira excelente, e distinção especial para aqueles dentre os anciãos que trabalham em palavra e ensino”. O fato de que ele distingue entre aqueles que ensinam e aqueles que governam bem, mostra que nem todos os supervisores/anciãos ensinam, mas é bom e útil se puderem fazê-lo.
V. 18 – Aqueles supervisores/anciãos que “governam [lideram] bem” e “trabalham em palavra e ensino” devem ser recompensados pelo seu serviço. Paulo não está se referindo a uma recompensa futura que ele certamente irá receber no tribunal de Cristo (2 Co 5:10; 1 Pe 5:4), mas a uma ajuda ou assistência em necessidades práticas. Isso pode ser um apoio financeiro da assembleia local em que eles residem e trabalham, se eles precisarem disso. Paulo cita um verso do Velho Testamento (Dt 25:4) e um verso do Novo Testamento (Lc 10:7) para apoiar essa ideia. Nota: o evangelho de Lucas é citado e classificado por Paulo como “Escritura” mostrando que alguns dos livros do cânone do Novo Testamento já eram reconhecidos como inspirados por Deus naquela época.
V. 19 – Paulo não descartou a possibilidade de um supervisor/ancião vir a cair, mas afirmou que deveria ser algo que pudesse ser provado com “duas ou três testemunhas”. Esse verso tem uma aplicação especial para a assembleia em Éfeso onde Timóteo tinha que permanecer e trabalhar (cap. 1:3). Em Atos 20:30, Paulo havia alertado que alguns dos anciãos naquela cidade estavam se tornando falhos, e as instruções que ele deu a Timóteo aqui sobre como lidar com eles seriam necessárias.
Todos os casos de mal na assembleia devem ser provados antes de ações serem tomadas, especialmente quando se trata de anciãos. O fato de Paulo dizer que deve haver a devida comprovação de infração demonstra que podem surgir acusações infundadas contra um ancião. A natureza da obra de um supervisor faz com que ele fique sujeito a mal-entendidos e a ataques. Um supervisor, tendo que lidar às vezes com os erros de outros, pode levar ao ressentimento e rancor naqueles que tenham sido admoestados e isso pode resultar em retaliação com algumas acusações injuriosas contra o ancião. Por isso, com essa possibilidade sempre à espreita, todas essas acusações devem ser devidamente comprovadas. Isso mostra novamente que aqueles no papel de liderança na assembleia são um alvo para o inimigo, e ataques em forma de acusações virão em direção àqueles nessa posição.

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