sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Irmãos que pecaram


Irmãos que pecaram

Cap. 5:20-21 – Paulo volta a falar de outros na assembleia que possam pecar. Ele diz, “Aos que pecarem, repreende-os [declara-os culpados – JND] na presença de todos, para que também os outros [o resto – JND] tenham temor”. Alguns imaginam que Paulo ainda estava se referindo aos anciãos que possam vir a falhar. Muito embora isso possa incluir um ancião, isso não se restringe a eles. O Sr. Kelly disse: “A primeira parte dessa passagem não tem a ver especificamente com os anciãos, mas invade o campo mais amplo dos santos em geral ... Limitar o alcance de ‘aos que pecarem’ (v. 20) como se significasse apenas os presbíteros ‘que pecassem’ nos leva, naturalmente, a pensar nos ‘outros dessa classe, e assim perder de vista uma admoestação solene que [não deve] de forma alguma ser limitada, como ‘na presença de todos’ comprova”.
Ter mencionado a possibilidade de alguns entre os santos em geral falharem logo após terem falado da falha de um supervisor/ancião, mostra que quando líderes falham, eles frequentemente afetam outros que possam estar seguindo a eles. Atos 20:30 confirma isso, afirmando que anciãos falhos poderiam “atrair os discípulos após si”.
A repreensão pública aqui mencionada não deve ser feita em todo caso de pecado na assembleia; a repreensão publica geralmente deve vir após uma repreensão privada (1 Ts 5:14). Um certo tipo de pecado requer esse tipo de repreensão. É geralmente um tipo de pecado exterior e público que pode afetar outros – tais como criadores de partido, semeando discórdia entre os irmãos etc. Nesses casos, uma repreensão perante todos está de acordo. O efeito é que os “símplices” que de outro modo poderiam estar inclinados a seguir o pecado, “temam” (Rm 16:18; Dt 17:13), e assim, se dessassociarem dele. Um exemplo de uma repreensão pública é a repreensão de Paulo a Pedro “na presença de todos” (Gl 2:14). O erro de Pedro poderia muito bem ter induzido outros ao erro, e uma ação pública foi necessária.
A seriedade da questão se reflete no fato de que Paulo encarregou Timóteo “diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo” e sob o olhar “dos anjos eleitos”. Ele o adverte sobre dois perigos que ele devia evitar ao lidar com pessoas na casa de Deus:

“Preconceito” – Ser desfavoravelmente tendencioso contra alguém por causa de determinados sentimentos preconcebidos em relação à pessoa.
“Parcialidade” – Mostrar favoritismo para com alguém por causa de sua riqueza, posição secular no mundo, ligações familiares na assembleia, personalidade, etc.

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