Irmãos que pecaram
Cap. 5:20-21 – Paulo volta a falar de outros na
assembleia que possam pecar. Ele diz, “Aos que pecarem, repreende-os [declara-os culpados – JND] na
presença de todos, para que também os outros [o resto – JND]
tenham temor”. Alguns imaginam que Paulo ainda estava se referindo
aos anciãos que possam vir a falhar. Muito embora isso possa incluir um ancião,
isso não se restringe a eles. O Sr. Kelly disse: “A primeira parte dessa
passagem não tem a ver especificamente com os anciãos, mas invade o campo mais
amplo dos santos em geral ... Limitar o alcance de ‘aos que pecarem’ (v.
20) como se significasse apenas os presbíteros ‘que pecassem’ nos leva,
naturalmente, a pensar nos ‘outros’ dessa classe, e assim perder de
vista uma admoestação solene que [não deve] de forma alguma ser limitada, como ‘na
presença de todos’ comprova”.
Ter mencionado a possibilidade de alguns entre os
santos em geral falharem logo após terem falado da falha de um
supervisor/ancião, mostra que quando líderes falham, eles frequentemente afetam
outros que possam estar seguindo a eles. Atos 20:30 confirma isso, afirmando
que anciãos falhos poderiam “atrair os discípulos após si”.
A repreensão pública aqui mencionada não deve ser
feita em todo caso de pecado na assembleia; a repreensão publica geralmente
deve vir após uma repreensão privada (1 Ts 5:14). Um certo tipo de pecado
requer esse tipo de repreensão. É geralmente um tipo de pecado exterior e
público que pode afetar outros – tais como criadores de partido, semeando
discórdia entre os irmãos etc. Nesses casos, uma repreensão perante todos está
de acordo. O efeito é que os “símplices” que de outro modo poderiam
estar inclinados a seguir o pecado, “temam”
(Rm 16:18; Dt 17:13), e assim, se dessassociarem dele. Um exemplo de uma
repreensão pública é a repreensão de Paulo a Pedro “na presença de todos”
(Gl 2:14). O erro de Pedro poderia muito bem ter induzido outros ao erro, e uma
ação pública foi necessária.
A seriedade da questão se reflete no fato de que Paulo
encarregou Timóteo “diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo” e sob o
olhar “dos anjos eleitos”. Ele o adverte sobre dois perigos que ele devia evitar ao lidar com pessoas na casa de
Deus:
“Preconceito” – Ser desfavoravelmente tendencioso contra alguém por
causa de determinados sentimentos preconcebidos em relação à pessoa.
“Parcialidade” – Mostrar favoritismo para com alguém por causa de
sua riqueza, posição secular no mundo, ligações familiares na assembleia,
personalidade, etc.
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