sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Irmãos Abastados


Irmãos Abastados

Cap. 6:17-21 – Visto que Paulo estava falando de riqueza material nesse capítulo, e daqueles que a buscam, ele trata de uma última classe de pessoas na casa de Deus – irmãos abastados. Ele se refere a esses como, “os ricos”. A mente mundana teria colocado esses em primeiro na longa lista de indivíduos que ele forneceu, mas Paulo os coloca por último. Isso não foi um acidente; ele está nos mostrando que não devemos considerar pessoas com base em seu status na vida (Tg 2:1-4).
Timóteo devia “mandar aos irmãos que fossem ricos nesse mundo, a que não se ocupassem com suas riquezas. Paulo não queria que eles pusessem sua “esperança” em suas riquezas, mas sim em “Deus” porque as riquezas podem criar asas e voar (Pv 23:4-5). Salmo 62:10 diz: “se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração”.
Paulo prossegue para tratar de três grandes perigos que aqueles que são ricos precisam se guardar:
  • Arrogância (“altivos”) – ter uma atitude de alguém que merece um tratamento preferencial por serem superiores aos outros crentes (v. 17a).
  • Independência (“ponham a esperança na incerteza das riquezas”) – não se lançando sobre Deus para as necessidades diárias da vida (v. 17b).
  • Egoísmo (não ser “generosos em dar” (ARA) nem “dispostos a repartir” (ARA) – acumulando bens materiais enquanto outros estão passando necessidade (v. 18). 
V. 19 – Todos aqueles que repartem de suas riquezas “entesouram para si mesmos uma recompensa futura para o tempo que há de vir e também ganham uma recompensa presente que é o desfrutar da “vida eterna” hoje. Nesse sentido, enquanto a ARC traz “alcançar a vida eterna”, a TB traz “se apoderem da vida que é realmente vida”. Isso se refere à comunhão com o Pai e o Filho. Todos aqueles que desfrutam desse privilégio encontraram o segredo da vida. Aqueles que não tem essa dimensão espiritual em suas vidas não estão realmente vivendo, porque a vida que tem consistência não é encontrada no dinheiro ou naquilo que o dinheiro pode comprar.
O Senhor ensinou que as riquezas da injustiça não são para serem servidas, mas sim, para serem usadas tendo em vista o futuro. Ele disse: “Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos” (Lc 16:9). Riquezas terrenas certamente irão “faltar” no sentido que elas não irão para a eternidade. Enquanto o dinheiro não irá permanecer, a forma como nós o usamos, permanecerá.
Vs. 20-21 – Paulo encerra a epístola com um caloroso apelo a Timóteo para guardar “o depósito” da verdade que “foi confiado” a ele. Ele devia “evitar” qualquer mistura de “clamores vãos e profanos e as oposições da falsamente chamada ciência [conhecimento – JND] com a verdade, que apenas iria corrompê-la. Essas coisas procedem da mente filosófica do homem. Aqueles que aceitaram tais ideias e as misturaram com ministério Cristão “se desviaram da fé [não alcançaram a fé – JND]. Timóteo devia tomar o cuidado de não permitir tal mistura em seu ministério.
Paulo o lembra do suprimento de “graça” que Deus daria, que o capacitaria no trabalho que ele devia fazer.

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Embora Paulo tenha escrito muito antes do surgimento e desenvolvimento dos sistemas de erro que podem agora ser facilmente identificados na Cristandade, é realmente espantoso que ele tenha exposto a essência desses sistemas nessa carta a Timóteo. Essa é uma confirmação de que ele escreveu sob inspiração.
  • Capítulo 4:1-5 se aplica ao Catolicismo – que proíbe o casamento e a ingestão de carne às sextas-feiras.
  • Capítulo 6:3-4 se aplica à Teologia (do Pacto) Protestante que incentiva o envolvimento em causas terrenas para melhorar o mundo.
  • Capítulo 6:5-8 se aplica ao moderno Movimento Carismático evangélico, cujo “evangelho da prosperidade” incentiva a avareza.
  • Capítulo 6:20 se aplica à mistura de filosofia e verdade, que é muito comum no ministério Cristão atualmente.


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