Irmãos Abastados
Cap. 6:17-21
– Visto que Paulo estava falando de riqueza material nesse capítulo, e daqueles
que a buscam, ele trata de uma última classe de pessoas na casa de Deus – irmãos
abastados. Ele se refere a esses como, “os ricos”. A mente mundana teria
colocado esses em primeiro na longa lista de indivíduos que ele forneceu, mas
Paulo os coloca por último. Isso não foi um acidente; ele está nos mostrando
que não devemos considerar pessoas com base em seu status na vida (Tg 2:1-4).
Timóteo devia
“mandar” aos irmãos que fossem ricos nesse mundo, a que não se ocupassem
com suas riquezas. Paulo não queria que eles pusessem sua “esperança” em
suas riquezas, mas sim em “Deus” porque as riquezas podem criar asas e
voar (Pv 23:4-5). Salmo 62:10 diz: “se as vossas riquezas aumentam, não
ponhais nelas o coração”.
Paulo
prossegue para tratar de três grandes perigos que aqueles que são ricos
precisam se guardar:
- Arrogância (“altivos”) – ter uma atitude de alguém que merece um tratamento preferencial por serem superiores aos outros crentes (v. 17a).
- Independência (“ponham a esperança na incerteza das riquezas”) – não se lançando sobre Deus para as necessidades diárias da vida (v. 17b).
- Egoísmo (não ser “generosos em dar” (ARA) nem “dispostos a repartir” (ARA) – acumulando bens materiais enquanto outros estão passando necessidade (v. 18).
V. 19 – Todos
aqueles que repartem de suas riquezas “entesouram” para si mesmos uma recompensa futura para o tempo que há de vir e também ganham uma recompensa presente que é o desfrutar da “vida
eterna” hoje. Nesse sentido, enquanto a ARC traz “alcançar a vida eterna”,
a TB traz “se apoderem da vida que é realmente vida”. Isso se refere à comunhão com o Pai
e o Filho. Todos aqueles que desfrutam desse privilégio encontraram o segredo
da vida. Aqueles que não tem essa dimensão espiritual em suas vidas não estão
realmente vivendo, porque a vida que tem consistência não é encontrada no
dinheiro ou naquilo que o dinheiro pode comprar.
O Senhor
ensinou que as riquezas da injustiça não são para serem servidas, mas sim, para
serem usadas tendo em vista o futuro. Ele disse: “Granjeai amigos com as
riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles
nos tabernáculos eternos” (Lc 16:9). Riquezas terrenas certamente irão “faltar”
no sentido que elas não irão para a eternidade. Enquanto o dinheiro não irá permanecer,
a forma como nós o usamos, permanecerá.
Vs. 20-21 – Paulo encerra a epístola com um caloroso apelo
a Timóteo para guardar “o depósito” da verdade que “foi confiado” a ele. Ele devia “evitar” qualquer mistura de
“clamores vãos e profanos e as oposições da falsamente chamada ciência [conhecimento – JND]”
com a verdade, que apenas iria corrompê-la. Essas coisas procedem da mente filosófica
do homem. Aqueles que aceitaram tais ideias e as misturaram com ministério Cristão
“se desviaram da fé [não alcançaram a fé – JND]”. Timóteo devia tomar o cuidado de não permitir tal
mistura em seu ministério.
Paulo o lembra do suprimento de “graça” que
Deus daria, que o capacitaria no trabalho que ele devia fazer.
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Embora Paulo tenha escrito muito antes do surgimento e
desenvolvimento dos sistemas de erro que podem agora ser facilmente
identificados na Cristandade, é realmente espantoso que ele tenha exposto a
essência desses sistemas nessa carta a Timóteo. Essa é uma confirmação de que
ele escreveu sob inspiração.
- Capítulo 4:1-5 se aplica ao Catolicismo – que proíbe o casamento e a ingestão de carne às sextas-feiras.
- Capítulo 6:3-4 se aplica à Teologia (do Pacto) Protestante que incentiva o envolvimento em causas terrenas para melhorar o mundo.
- Capítulo 6:5-8 se aplica ao moderno Movimento Carismático evangélico, cujo “evangelho da prosperidade” incentiva a avareza.
- Capítulo 6:20 se aplica à mistura de filosofia e verdade, que é muito comum no ministério Cristão atualmente.
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